Empresa de transporte coletivo que hoje está sob controle do governo, vem enfrentando problemas. GDF agora irá gastar mais R$ 25 milhões. Passageiros denunciam: nada mudou. Transtornos, como demora e ônibus quebrados, continuam.

A assunção ocorreu, pois o grupo descumpriu as normas estabelecidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público e com o GDF. Entre as irregularidades estava a falta de ônibus e de manutenção. Apenas 40% da frota estava em circulação na época.
Em 22 de março, o Jornal de Brasília publicou reportagem que destacava os diversos problemas na prestação do serviço mesmo após a intervenção do GDF nas empresas do Grupo Amaral.
Ônibus quebrados, frota reduzida e longas horas de espera. São essas as reclamações dos usuários do transporte público após a chamada assunção do Governo do Distrito Federal nas empresas do Grupo Amaral. A medida, anunciada no dia 25 de fevereiro, ainda não mudou a percepção da população. O Jornal de Brasília visitou as cidades de Planaltina, Sobradinho e Fercal, onde a situação é mais crítica, e constatou que a precariedade ainda é marca registrada dos serviços prestados. De acordo com o técnico de enfermagem Mario Cesar Alves, morador de Planaltina, desde a intervenção os problemas nem mesmo diminuíram. “Sinceramente, é um desrespeito com a população afirmar que algo mudou. Continuo esperando ônibus por mais de uma hora, e quando passa as condições são péssimas”, diz.
SUCATEAMENTO
A administradora Adriana Ribeiro, 28 anos, compartilha a mesma opinião. “Os ônibus estão sucateados, e os horários são cada vez mais escassos”, diz. Ela é moradora do Vale do Amanhecer e conta que precisa pegar dois ônibus para chegar ao trabalho. “No Vale do Amanhecer simplesmente não tem ônibus. Então, pego um micro-ônibus e venho para Planaltina. A minha empresa não arca com as duas tarifas, por isso, preciso tirar do meu bolso diariamente”, relata.
Ela destaca que a falta de ônibus é ainda mais expressiva depois das 23h. “Muitas vezes chego em Planaltina tarde e não tem mais circular. Quando isso acontece, peço para o meu marido me buscar. Mas quem não tem essa opção acaba optando pelo transporte pirata e correndo risco de vida”, desabafa.
Segundo Douglas Lopes, técnico de enfermagem, um dos maiores problemas em Planaltina é a quantidade de ônibus. “A situação está bem pior. Chego a ficar 40 minutos esperando um ônibus”, conta.
Fonte: clicabrasilia
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