Dia 23/08 foi o lançamento da COBIEV (Confederação Brasileira de Pastores e Igrejas Evangélicas) com a presença do Bispo Átila Brandão, da Igreja Batista Caminho das Árvores, diversos pastores de igreja local e autoridades do município de Valparaíso de Goiás.
Processo de escolha dos conselheiros tutelares
No dia 4 de outubro de 2015, os
municípios brasileiros realizam o processo de escolha dos conselheiros
tutelares. Será a primeira vez que a votação ocorrerá em data unificada
em todo o país. Para incentivar a população a votar, a Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) lança a campanha
“Escolha os Conselheiros Tutelares do seu município. 4 de outubro,
vote”, com a disponibilização de cartaz, banner e folder.
Qualquer cidadão maior de 16 anos e com título de eleitor pode participar do processo. Para conhecer os candidatos e os locais de votação, as pessoas devem procurar o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A votação em data unificada foi estabelecida em 2012, com a Lei nº 12.696. Antes, cada município definia o formato e a data para a realização do processo de escolha. Com a unificação, espera-se garantir maior participação da sociedade na escolha dos conselheiros tutelares, que tem a função de zelar pela defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil.
A SDH/PR fornece apoio técnico e orientações para subsidiar a realização do processo nos municípios.
Conselhos tutelares: Os conselhos tutelares foram criados em 1990, com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). São órgãos autônomos e permanentes, que integram a administração pública local. Atualmente, o Brasil tem 5.956 conselhos tutelares, que tem a função de zelar pela garantia e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. No total, 99,89% dos municípios possuem, pelo menos, uma unidade em funcionamento.
Baixe aqui os materiais da campanha e ajude a divulgar.
As peças podem ser adaptadas e reproduzidas pelos órgãos e entidades parceiras.
Qualquer cidadão maior de 16 anos e com título de eleitor pode participar do processo. Para conhecer os candidatos e os locais de votação, as pessoas devem procurar o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A votação em data unificada foi estabelecida em 2012, com a Lei nº 12.696. Antes, cada município definia o formato e a data para a realização do processo de escolha. Com a unificação, espera-se garantir maior participação da sociedade na escolha dos conselheiros tutelares, que tem a função de zelar pela defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil.
A SDH/PR fornece apoio técnico e orientações para subsidiar a realização do processo nos municípios.
Conselhos tutelares: Os conselhos tutelares foram criados em 1990, com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). São órgãos autônomos e permanentes, que integram a administração pública local. Atualmente, o Brasil tem 5.956 conselhos tutelares, que tem a função de zelar pela garantia e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. No total, 99,89% dos municípios possuem, pelo menos, uma unidade em funcionamento.
Baixe aqui os materiais da campanha e ajude a divulgar.
As peças podem ser adaptadas e reproduzidas pelos órgãos e entidades parceiras.
Acampanhamos as ASCON, nas atividade para criação do seu estatuto.
Dia
26 de Agosto membros da direção da ASCON estiveram na contabilidade
Golden Castle, ajustando as últimas documentações para dá inicio a nova
fase dessa luta.
Justiça autoriza contratos temporários em Valparaíso de Goiás.
Apesar de permitir a contratação temporária, esta decisão ainda é provisória e suspende os efeitos da decisão anterior, mas somente até o julgamento da causa. Em redes sociais os aprovados declararam não desistir de lutar por seus direitos. Já se articulam para uma nova investida ao MP, com o objetivo de pressionar pelas nomeações.
Fonte: Alô Valparaíso
Atestado médico estende afastamento de Agnelo Queiroz.
Atestado médico estende afastamento de Agnelo
Cirurgião da rede pública de saúde, o ex-governador Agnelo Queiroz
estava em licença remunerada desde que deixou o Buriti. Seu prazo
esgotou-se no dia 31 de julho, a última sexta-feira. Portanto, Agnelo
deveria retornar na segunda-feira passada. Em vez dele, aterrissou na
Secretaria de Saúde um atestado médico válido até o dia 12 de agosto, a
próxima quarta. O ex-governador está com problemas na coluna. De acordo
com a Secretaria de Saúde o atestado foi devidamente homologado pelo
setor de medicina do trabalho da pasta.
O salário básico de Agnelo Queiroz é de R$ 21.192,42 e seus
rendimentos líquidos ficam em R$ 14.543,78. Ortopedista de formação,
Agnelo é cirurgião-geral desde 1987, mas deu expediente por pouco tempo
na rede pública como funcionário efetivo. Participava do sindicato da
categoria, o que lhe conferia estabilidade independentemente de carga
horária. Três anos depois de aprovado no concurso e empossado, entrou em
licença para se candidatar a distrital, nas eleições de 1990. A partir
daí, exerceu um mandato de distrital e três de deputado federal.
Derrotado em eleição para o Senado em 2006, foi logo depois nomeado
diretor da Anvisa, de onde saltou para o Buriti.
Do Alto da Torre
Pesquisa mostra que mais de 69% do entrevistados desaprovam a Câmara
Quase 40% dos entrevistados declaram-se totalmente insatisfeitos com trabalho dos distritais
Sete em cada 10 moradores do Distrito Federal estão
insatisfeitos com a Câmara Legislativa. Segundo pesquisa do Instituto
Exata de Opinião Pública (Exata OP), 69,5% dos brasilienses estão
insatisfeitos com o desempenho dos deputados distritais. Em outras
palavras, a cada 10 cidadãos, praticamente, declaram-se decepcionados
com os parlamentares, seja pela falta de fiscalização, desperdício de
dinheiro público ou ineficiência.
A taxa de reprovação popular foi medida em pesquisa do Instituto Exata
de Opinião Pública (Exata OP). No dia 29 de julho, pesquisadores
colheram as opiniões de 600 pessoas. A reprovação concreta da população
mostra que ainda falta muito para que os distritais façam por merecer os
votos conquistados, aos olhos dos brasilienses. De fato, ao longo das
últimas legislaturas, a Câmara coleciona crises e escândalos e não
conseguiu emplacar agendas positivas sólidas junto à população.
Para mapear a percepção popular, os entrevistadores perguntaram: “Com
relação aos trabalhos dos deputados distritais, o (a) senhor(a)
estão...? Sem poupar queixas, 39,2% das pessoas ouvidas sentenciaram que
estão totalmente insatisfeitas. Na sequência, 30,3% afirmaram estar
pouco satisfeitos com a performance política dos legisladores. O
desgaste público é consequência dos sucessivos escandâlos envolvendo o
Poder Legislativo a partir de desvios de conduta dos distritais.
Somente 25,8% dos entrevistados declararam estar razoavelmente
contentes em relação aos trabalhos dos distritais. E para o vexame do
Legislativo, ínfimos 1,3% dos entrevistados disseram estar muito
satisfeitos. Ou seja, a atual cepa de parlamentares não consegue
garantir que nem mesmo um cidadão do Distrito Federal esteja plenamente
satisfeito com os rumos e atividades políticas da Câmara.
Impeachment e Petrobras
Ao longo das últimas semanas, a parceria entre o Exata OP e o Jornal
de Brasília vem detalhando as principais percepções políticas dos
brasilienses. As pesquisas apontaram que a maioria da população já é
favorável à abertura de processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff em função do escândalo do Petrolão; a maior parte dos
brasilienses considera que Dilma e o ex-presidente Lula sabiam do
esquema de corrupção na Petrobras antes das investigações da Operação
Lava Jato; e a tese da redução da maioridade penal encontra respaldo em
75,1% da população.
Hora de fiscalizar e poupar
O
caminho para que os eleitores fiquem satisfeitos com a Câmara não passa
pela apresentação de projetos no plenário. Segundo a pesquisa de
opinião pública do Exata OP, o que os brasilienses mais cobram dos
deputados distritais é maior fiscalização do governo e economia com as
despesas internas da Câmara.
De acordo com a pesquisa, ficou claro que a população espera,
principalmente, que os distritais estejam de olho e acompanhem de perto
os rumos do Palácio do Buriti. A população deseja que os distritais não
deixem que o governo local desperdice recursos públicos, não ceda a
tentações da corrupção e que cumpra as promessas, tanto aquelas que
foram feitas durante a eleição, quanto as novas que surgem no cotidiano
do governo.
Peso da austeridade
O segundo ponto estratégico nas percepções do povo é a valorização da
austeridade e do respeito com o dinheiro público. Entre os 600
entrevistados de todos os segmentos sociais, 32,5% defenderam que a
postura mais relevante para um deputado distrital é a economia com as
gastos legislativos em todos os sentidos, passando pela verba de
gabinete e a verba indenizatória.
O desempenho dos parlamentares no plenário com a apresentação de
projetos fica em terceiro plano, com destaque para apenas 29,2% dos
entrevistados. Ou seja, apesar da importância dos distritais na
elaboração, atualização e discussão das leis do DF, o que a população
realmente espera é que eles sejam fiscais e exemplos de postura ética e
política.
Neste semestre, o Buriti pretende levantar um série de projetos
polêmicos e aumentos de impostos na Câmara, como reajustes do IPTU e da
Taxa de Limpeza Pública. A pesquisa indica que o aumento de gastos não é
prioridade.
Só depende dos distritais
Mesmo com a alarmante taxa de descontentamento, a população reconhece
que a Câmara é importante. Destrinchando a pesquisa de opinião, 75,1%
dos brasilienses não têm dúvidas da relevância do Legislativo. Isso
significa que sete em cada 10 cidadãos avaliam que Câmara tem papel
estratégico para o DF.
A maior parte dos entrevistados avalia que a Câmara é muito
significativa no xadrez político e social da capital. Em números, 38,8%
das pessoas ouvidas fizeram esta avaliação. Em segundo lugar, 36,3%
brasilienses acham que o Legislativo é importante.
Espaço para reconstruirApenas 12% dos entrevistados
classificaram a Câmara como pouco relevante. Por fim, 11,2% responderam
que o Legislativo não tem importância para o DF.
Considerando a série histórica de crises legislativas, estas taxas
são reveladoras. Indicam que há espaço para a reconstrução da imagem da
Câmara.
Para sepultar os apelidos de “Casa dos Horrores” e “Puxadinho do
Buriti”, os distritais não dependem do Ministério Público, Tribunal de
Justiça ou outras instituições protagonistas do DF. A partir da
expressiva avaliação de importância do Legislativo, os parlamentares
dependem dos próprios esforços.
Ainda pouco conhecida
A distância entre a Câmara e a população é considerável. Conforme a
pesquisa de opinião pública, quatro em cada 10 brasilienses têm pouco
conhecimento das atividades e atribuições de um parlamentar.
Segundo
o levantamento, 38,3% dos entrevistados disseram ter pouco conhecimento
sobre o que faz e quais são as atividades de um deputado e 6,2%
confessaram não ter nenhum conhecimento.
Do outro lado da moeda, seis em cada 10 brasilienses sabem quais são
as funções dos parlamentares. Nesse sentido, 48,5% afirmaram ter
conhecimento suficiente, enquanto outros 6,2% alegaram ter muito
conhecimento sobre o Legislativo.
Celina quer autocrítica e aproximação
Em busca da aprovação da opinião púbica, a Câmara Legislativa deverá
intensificar as ações de aproximação e comunicação com a população. A
estratégia pelo reforço do projeto Câmara em Movimento e a realização
mais visitas técnicas de fiscalização dos principais problemas do DF, a
exemplo de hospitais públicos sucateados e ruas esburacadas. Na
avaliação da presidente da Câmara, deputada distrital Celina Leão (PDT),
a “bronca das ruas tem fundamento”, em função do histórico de polêmicas
e crises do Poder Legislativo.
“Nós passamos por vários processos que, realmente, colocaram a Câmara
Legislativa em uma posição muito ruim”, comentou Celina. Segundo ela, a
reprovação dos brasilienses seria ainda mais profunda se a Casa não
tivesse começado a mudar de postura no semestre passado com ações de
transparência, fiscalização e questionamento a agenda do GDF,
principalmente nos debates em relação a aumento de impostos.
“Se essa pesquisa fosse feita alguns meses atrás o resultado iria ser
muito pior para a Câmara”, julgou a presidente. Celina afirmou que
nunca teve dúvidas sobre a relevância da fiscalização. “Sempre falei
isso, desde o começo do mandato. É para isso que existe este Poder. Eu
sempre falei isso para o governador Rodrigo Rollemberg: eu nunca vou
abrir mão da minha função fiscalizatória. As pessoas cobram isso da
gente”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Polícia investiga se ‘atentado’ ao Instituto Lula foi armação
Polícia não descarta armação no ‘atentado’ ao Instituto Lula
Policiais paulistas custam a acreditar que houve
mesmo um “atentado a bomba” à sede do Instituto Lula, dias atrás, e
apuram inclusive se tudo não passou de “armação” de petistas para
desviar a atenção da Lava Jato e das manifestações marcadas para o
próximo dia 16, em todo o País, contra o governo Dilma. “Não podemos
descartar nenhuma hipótese”, adverte um dos delegados envolvidos na
investigação.
Policiais desconfiam da bomba, caseira; do local, na calçada; e do
horário do suposto atentado: nessa hora já não há ninguém no Instituto.
Em março, véspera de outra mobilização nacional contra o governo
Dilma, houve “atentado” semelhante à sede do PT em Jundiaí (SP).
Policiais civis investigam “armação” no suposto atentado, mas também
não descartam que um grupo de extrema direita tenha atirado a bomba.
O suposto atentado coincidiu com a negociação de delações premiadas
de Renato Duque (ex-Petrobras) e João Vaccari (ex-tesoureiro do PT).
Fonte: Diário do Poder
5 exemplos de como a doutrinação ideológica atua na educação brasileira
Educação,
eis a palavrinha mágica no discurso dos políticos e nas faixas de
campanha, nos gritos de protesto e nas passeatas sindicais, a solução
inevitável para todos os nossos problemas. Na posse do segundo mandato da atual presidente, ela foi a estrela máxima:
“O novo
lema do meu governo, simples direto e mobilizador, reflete com clareza
qual será a nossa prioridade, e sinaliza para qual setor deve convergir
nossos esforços. Trata-se de emblema com duplo significado. Estamos
dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que
devemos buscar em todas ações de governo um sentido formador.”
Como apontamos por aqui,
a nossa educação não anda muito bem das pernas. Atualmente 95% dos
nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em
matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e
78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem
conhecimentos adequados em língua portuguesa. Em resumo: enfiamos mais
de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo
nababesco, mas ensinamos muito pouco.
E as notícias ruins não terminam por aí. Segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula. Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube),
quatro em cada dez universitários são barrados em seleções para estágio
por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram
entre os piores índices.
Não
bastasse o claro fracasso na escola como instituição de ensino, não
raramente ela é usada como instrumento para doutrinação ideológica. De
acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, 78% dos professores
brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é “formar
cidadãos” (apenas 8% apontou a opção “ensinar as matérias”) e 61% dos
pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em
sala de aula.
Evidentemente
essa não é uma prática assinada por todos os docentes – e seria chover
no molhado apontar aqui que parte considerável dos nossos professores
atuam na melhor das intenções, quando não são vítimas de material
didático de péssimo gosto. Mas, ainda assim, a doutrinação atua como uma
praga numa lavoura, corrompendo a formação intelectual de incontáveis
estudantes e interferindo negativamente no ambiente de trabalho dos
docentes.
Para combater a prática, o advogado Miguel Nagib criou a organização Escola Sem Partido,
“uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de
contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os
níveis: do ensino básico ao superior”. A organização promove o debate e
denuncia práticas de doutrinação em sala de aula. Em sua página é
possível encontrar inúmeros exemplos de uso eleitoreiro e político nos
livros didáticos brasileiros, propaganda ideológica em instituições de
ensino, professores-militantes, entre outras aberrações presentes na
nossa educação.
Aqui, 5 exemplos de como a doutrinação atua nas salas de aula do país.
1) O livro de história mais vendido do país não é um livro de história.
O nome dele é Mario Furley Schmidt
e ele é o responsável por um dos capítulos mais obscuros da história da
educação no país. Mario é considerado o autor que mais vendeu livros de
História no Brasil. Sua coleção, Nova História Crítica vendeu mais de 10 milhões de exemplares e foi lida por mais de 30 milhões de estudantes.
Só tem um problema – Mario Schmidt não é historiador e sua obra não
passa de mero panfleto marxista. Por receber 10% do preço de cada livro
vendido, porém, Schmidt ficou milionário da noite para o dia.
A Nova História Crítica foi recomendada pelo Ministério da Educação. Na compra feita pelo MEC em 2005, o livro representava 30% –
a maior parte – do total de livros de história escolhidos. Segundo o
editor da Nova Geração, Arnaldo Saraiva, a obra “é o maior sucesso do
mercado editorial didático dos últimos 500 anos”. Na coleção, feita
para alunos de 5ª a 8ª séries, Schmidt faz contundentes elogios ao
regime cubano, afirma que a propriedade privada aumenta o egoísmo,
critica o acúmulo de capital e faz apologia ao Movimento dos Sem-Terra
(MST). Além disso, trata Mao Tsé-Tung como um “grande estadista e
comandante militar”. Por toda obra, o capitalismo e o socialismo são
confrontados com informações maniqueístas, distorções bizarras, erros
teóricos primários e releituras descompromissadas de qualquer apreço
histórico.
2) Que tal pagar por um Centro de Difusão do Comunismo?
Sim, isso mesmo que você leu. Aconteceu na Universidade Federal de Ouro Preto. Vinculado ao curso de Serviço Social, o Centro de Difusão do Comunismo,
sob a coordenação do professor André Luiz Monteiro Mayer, desenvolveu
dois projetos de extensão: a Equipe Rosa Luxemburgo (um grupo “de Debate
e Militância Política Anticapitalista”) e a Liga dos Comunistas
(“núcleo de estudo e pesquisa sobre o movimento do real, referenciado à
teoria social de Marx e à tradição marxista”). Não se engane: aqui não
se trata de um centro destinado a estudar teoria e história do
comunismo. Só há um único propósito no Centro de Difusão do Comunismo –
como diz o seu nome, difundi-lo. E com dinheiro público.
O centro
foi impedido de atuação por um juiz da 5ª Vara da Justiça Federal do
Maranhão, José Carlos do Vale Madeira. De acordo com ele, a
administração “não pode disponibilizar bens públicos para a difusão de
doutrinas político-partidárias por mais relevantes que sejam
historicamente”.
3) Nos livros aprovados pelo MEC, palmas para Lula, vaias para FHC.
Deu na Folha:
Livros
didáticos aprovados pelo MEC (Ministério da Educação) para alunos do
ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das
exigências do MEC para aprovar os livros é que não haja doutrinação
política nas obras utilizadas.
O livro
“História e Vida Integrada”, por exemplo, enumera problemas do governo
FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas às
privatizações. Já o item “Tudo pela
reeleição” cita denúncias de compra de votos no Congresso para a
aprovação da emenda que permitiu a recondução do tucano à Presidência. O
fim da gestão FHC aparece no tópico “Um projeto não concluído”, que
lista dados negativos do governo tucano. Por fim, diz que “um aspecto
pode ser levantado como positivo”, citando melhorias na educação e a Lei
de Responsabilidade Fiscal.
Já em
relação ao governo Lula (2003-2010), o livro cita a “festa popular” da
posse e diz que o petista “inovou no estilo de governar” ao criar o
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O escândalo do mensalão é citado ao lado de uma série de dados positivos.
Ao
explicar a eleição de FHC, o livro “História em Documentos” afirma que
foi resultado do sucesso do Plano Real e acrescenta: “Mas decorreu
também da aliança do presidente com políticos conservadores das elites”.
Um quadro explica o papel dos aliados do tucano na sustentação da
ditadura militar. Quando o assunto é o governo Lula, a autora – que à Folha disse
ter sido imparcial – inicia com a luta do PT contra a ditadura e apenas
cita que o partido fez “concessões” ao fazer “alianças com partidos
adversários”.
Em dois
livros aprovados pelo MEC, só há espaço para as críticas à política de
privatizações promovida por FHC, sem contrabalançar com os argumentos do
governo.
O outro lado:
O
professor Claudino Piletti, coautor do livro “História e Vida
Integrada”, da editora Ática, concorda que sua obra é mais favorável ao
governo Lula. “Não tem o que contestar”, afirmou.
Ele disse
que é responsável pela parte de história geral da obra e que a história
do Brasil ficou a cargo de seu irmão, Nelson Piletti, que está na Itália
e não foi encontrado pela reportagem. À Folha Claudino disse que critica o irmão pela tendência pró-Lula e vai tentar convencê-lo a mudar a obra.
“Não dá
para ser objetivo. O professor de história tem suas preferências, coloca
sua maneira de pensar. Realmente ele [Nelson] tem esse aspecto,
tradicionalmente foi ligado à esquerda e ao PT”, afirmou Claudino.
4) Nem os livros de Língua Portuguesa fogem da propaganda ideológica.
Num país
onde 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem
conhecimentos adequados em língua portuguesa e quase 40% dos
universitários são analfabetos funcionais, nem os livros de Língua
Portuguesa escapam da propaganda ideológica. Lula e Fidel Castro
ilustram conteúdos em dois livros didáticos de Língua Portuguesa para o
Ensino Fundamental. Lula estampa o conteúdo de “expressão oral” em livro
para o 6º ano (27447C0L01; atende crianças de 11 a 12 anos) e Fidel, o
conteúdo de “reconstrução dos sentidos do texto” em livro para o 9º ano
(27484C0L01, atende adolescentes de 14 e 15 anos).
Os livros
de Língua Portuguesa fazem parte do catálogo do Plano Nacional do Livro
Didático (PNLD), do Ministério da Educação, para o triênio 2014/16. Eles
foram distribuídos para escolas públicas ligadas aos governos federal,
distrital, estaduais e municipais.
Outro
livro didático de Língua Portuguesa para o 6º ano do Ensino Fundamental
(que faz parte do catálogo do Plano Nacional do Livro Didático, sob o nº
27484C0L01) usa uma charge para comparar a capacidade de decisão da
presidente Dilma Rousseff com seus adversários políticos Marina Silva e
José Serra. Como tarefa, o aluno é orientado a manter-se bem informado
sobre o tema que pretende defender – “é preciso ter opinião”, diz a
chamada.
5) Propaganda ideológica num livro de… Educação Física?
Pois é,
nem os livros de Educação Física escapam. Ao menos não o Livro Didático
de Educação Física para o Ensino Médio do Estado do Paraná. No terceiro
capítulo da disciplina, chamado “Faço esporte ou sou usado pelo
esporte?”, o livro didático público recorre ao esporte e à televisão
para afirmar que ambos sofrem influência do sistema capitalista para
explorar e dominar as massas, impondo suas idéias políticas e
filosóficas.
“Regras: é
preciso respeitá-las para sermos bons esportistas. Em nossa sociedade,
devemos ser submissos às regras impostas pela classe dominante. Em nosso
convívio social, devemos respeitar nossos colegas (…), contribuindo com
o êxito da equipe ‘de trabalho’, isso quer dizer ‘enriquecer cada vez
mais os patrões’”, diz o livro.
“O texto é
declaradamente marxista, um emaranhado de sofismas, tendencioso do
começo ao fim. A prática esportiva é secundária, o que importa é fazer a
revolução gramsciana”, diz o advogado Miguel Nagib, presidente da
organização Escola Sem Partido. Como relata o Gazeta do Povo, que entrevistou Nagib:
“Ao falar
da “potencialidade transformadora” do ensino da Educação Física, o autor
deixa claro que pretende usar a disciplina para fazer dos alunos
“agentes de transformação social”. A técnica usada para levar os alunos a
exercer o chamado “pensamento crítico” – que nunca é crítico em relação
às atrocidades cometidas nos regimes comunistas – não é a da
demonstração racional, mas a da insinuação maldosa. “O texto é repleto
de perguntas retóricas, suspeitas, que induzem o estudante a fazer uma
determinada abordagem do problema.”
Para escrever seu livro de esporte com críticas ao capitalismo, Gilson José Caetano, formado em Educação Física, diz ter
escolhido “um recorte baseado no materialismo histórico dialético”. Ele
afirma que o marxismo seria a base teórica de consenso entre os
professores que criaram as diretrizes da Secretaria de Educação do
Paraná.
Nem a prática esportiva escapa do proselitismo ideológico. E é você, claro, quem banca tudo isso.
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