
No dia em que os pobres entenderem quanto seu sofrimento foi usado por
Lula para ficar no poder, o ex-presidente precisará se mudar para um
triplex no Irã. O PT prostituiu o uso do dinheiro público no Brasil,
arrombando as metas fiscais e de inflação, tudo embalado numa meticulosa
maquiagem contábil, para poder financiar seu banquete fisiológico – do
qual o mensalão e o petrolão são os pratos mais visíveis. Lula e os
companheiros jogaram o Brasil numa recessão genuinamente nacional,
genuinamente petista, empobrecendo democraticamente o país inteiro. Se a
moda pega, assaltante apanhado com bolsa roubada vai dizer que é bolsa
família.
O delator Fernando Baiano, operador do esquema do petrolão preso na
Lava Jato, afirmou à Justiça que deu R$ 2 milhões a Fabio Luis da Silva,
o Lulinha. As investigações esclarecerão os detalhes do maior caso de
corrupção da República, mas já está evidente que seu dinheiro, caro
leitor, foi usado sem parcimônia para irrigar o partido governante e os
heróis do povo que o integram. Eles sabem disso e estão dobrando a
aposta: Dilma acusou os “moralistas sem moral” de tramar sua queda. É
preciso sangue-frio para falar em moral no centro de tamanha rapinagem.
Ou melhor, sangue de barata – e isso não lhes falta. Depois de depenar
um país com a ajuda de cúmplices que estão presos, causando à sua nação a
perda do selo de confiança perante o mundo, você só consegue olhar nos
olhos de um filho se tiver sangue de barata. E moral de barata.
Dilma Rousseff tem de sofrer o impeachment porque é a representante
legal de um projeto de assalto ao Estado. Está mais do que evidente que o
PT, partido que desmoralizou a bondade, instalou-se no poder para viver
dele – rasgando o contrato da democracia e do princípio da
representação política. Nada mais fará no Palácio diferente do que já
fez, não há como. O que mais é preciso ser demonstrado? A maior empresa
do país jogada na lona para, entre outras causas nobres, garantir a
reeleição da presidente – como apontam todas as evidências da Lava Jato.
O que mais precisa aparecer? Como disse Fernando Gabeira, o Brasil
parece ter desacreditado até a imagem popular do batom na cueca: a
mancha sempre pode ter vindo da lavanderia. E eles têm diversos
especialistas em lavagem para assumir a culpa. São os laranjas de batom.
Na cueca, só dólar.
Joaquim Barbosa deu seu pitaco. Disse que o impeachment “é um mecanismo
brutal que não pode ser usado de qualquer maneira”. Prezado Barbosa: o
impeachment não é um mecanismo brutal, é um mecanismo legal. E ninguém
com juízo quer fazer nada de qualquer maneira, como juízes que atiram
adjetivos ao vento. A única vergonha nacional até o momento é a barreira
venezuelana no STF, seu velho conhecido, impedindo a investigação de
uma presidente que em qualquer país 100% democrático já estaria sendo
investigada.
E a barreira chavista conta com a operativa patrulha dos inocentes
úteis (nem sempre inocentes, mas sempre úteis), que alugam suas santas
reputações à mulher sapiens para renovar seus crachás de bondade
progressista. Esse estranho oba-oba petista é cada vez mais
envergonhado, naturalmente, e achou uma saída genial: eleger Eduardo
Cunha o inimigo público número um. Cunha é hoje praticamente o único
vilão nacional, porque quem rouba com estrelinha no peito é herói.
O pequeno detalhe dessa história é que Eduardo Cunha, presidente da
Câmara dos Deputados, tem a chave do impeachment nas mãos. E o PT
desperta seus instintos mais primitivos. Enquanto o gigante dorme,
alguém tem de trabalhar.
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