Dos palanques do PT para o STF

Assista o vídeo em que o advogado Luiz Edson Fachin, indicado para o STF por Dilma, faz um discurso entusiasmado de apoio à sua candidatura na campanha de 2010

Depois de indicar para o STF o ex-advogado do PT, José Antonio Dias Toffoli, a presidente Dilma Roussfeff agora aponta para a mais alta Corte do país o advogado Luiz Edson Fachin, do Paraná, que fez campanha eleitoral para ela, em 2010, como mostra um vídeo disponível no YouTube.
Ministro Luiz Edson Fachin (Foto: Reprodução YouTube) Com a nomeação de Fachin, Dilma amplia a desconfiança de partidarização do STF, num momento em que a instituição se prepara para julgar o petrolão, o escândalo de corrupção da Petrobras, em que o grande beneficiário foi o PT, de acordo com as denúncias feitas até agora na operação Lava Jato. 

Dilma ainda poderá nomear mais cinco ministros do STF em seu governo, se a chamada PEC da Bengala, que prorroga de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória na corte, aprovada em primeiro turno pela Câmara, não for confirmada. Até o final de 2018, deverão deixar o tribunal Celso de Mello (novembro de 2015), Marco Aurélio Mello (julho de 2016), Ricardo Lewandowski (maio de 2018), Teori Zavascki (agosto de 2018) e Rosa Weber (outubro de 2018). 
A possibilidade de que Dilma possa nomear mais cinco ministros ligados ou no mínimo simpáticos ao PT preocupa um número crescente de juristas no país, que temem uma espécie de "bolivarianização" do STF. Alguns já cogitam rever, por meio do Congresso, a prerrogativa presidencial de indicar os ministros do STF para evitar que isso possa acontecer.


JOSÉ FUCS

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