Troca de experiências marca I Encontro Formativo do Conjuve-DF

Conselheiros debateram democracia participativa e aperfeiçoamento do Conselho
Troca de experiências marca I Encontro Formativo do Conjuve-DFO Conselho de Juventude do Distrito Federal realizou, nesta quinta-feira (24/10), o I Encontro Formativo do Conjuve-DF. Reunidos no Jardim Botânico de Brasília, os conselheiros debateram sobre a importância dos conselhos na democracia participativa e como estreitar laços com importantes lideranças de conselhos de juventude e gestores de políticas públicas. Além disso, os conselheiros trocaram experiências com representantes do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e do Conselho Estadual de Juventude da Bahia (Cejuve).
Carlos Odas, coordenador de Juventude da Secretaria de Governo, destacou que esses momentos fortalecem o Conjuve-DF. “Precisamos trocar mais experiências, saber as agendas de diversos segmentos sociais, se não, vamos ser representantes de nós mesmos”, exemplificou.
No primeiro painel do dia, "A Política Nacional e Distrital de Juventude - Contextos e Perspectivas", Carlos Odas traçou um panorama histórico sobre o conceito de juventude e das políticas públicas para os jovens.
Bruno Vanhoni, assessor da Secretaria Nacional de Juventude, ressaltou que o desafio da Secretaria, neste momento, é consolidar a política de juventude como política de Estado e não de governo. “Os jovens têm um potencial muito grande de mudança. Assumimos o governo com essa perspectiva: mudança. Para quem quer mudar, dar atenção a políticas públicas de juventude é fundamental”, disse.
No bate-papo "Afinal, o que é e para que serve um Conselho de Juventude?", Bruno Elias, secretário-executivo do Conjuve, contextualizou a criação do Conselho e lembrou aos participantes as três atribuições dos Conselhos de Juventude: ser instrumento de referência da sociedade civil e do governo sobre as políticas públicas de juventude; instrumento de participação popular; e expressão das demandas geracionais do território.
“Um conselho com 2/3 de participação da sociedade civil tem que cumprir esse papel de debater as demandas apresentadas pela sociedade. É preciso pensar o novo, para que o conselho represente as demandas dos jovens de todo o país”, provocou.
Julio Cesar Cavalcante, representante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal (CDES-DF), apresentou dados sobre os conselhos do DF, e frisou a baixa participação de jovens nos demais conselhos de Estado. Segundo ele, nos conselhos comunitários, mais de 50% dos integrantes têm mais de 40 anos. “Todas as políticas que afetam a juventude, vocês, conselheiros, devem participar, interferir, acompanhar e fiscalizar”, declarou.
Conselhos territoriais
Michele Vieira, presidente do Conselho Estadual da Bahia (Cejuve), explicou como funciona o conselho de seu estado no debate: "Conselho de Juventude nas Cidades - como chegar à ponta?". Segundo ela, a principal função do conselho é estar atento às demandas dos jovens e levar até o governo. Nos protestos que aconteceram em todo o país em junho deste ano, por exemplo, o Cejuve foi o interlocutor da reunião entre o Movimento Passe Livre da Bahia e o governo estadual.
“Nós, conselheiros, não temos o poder de resolver, mas temos que pressionar. A demanda precisa chegar aos espaços de poder. Somos a voz da juventude”, disse, ressaltando que o Cejuve também viaja pelo estado para identificar municípios que não possuem conselho e orientam sua criação e consolidação. O Cejuve possui, inclusive, uma cartilha que orienta como criar um Conselho Municipal de Juventude.
Neste encontro formativo, aconteceu, ainda, a primeira reunião das comissões do Conjuve-DF, que definiram seus respectivos coordenadores e secretários, além do calendário das próximas reuniões. As comissões do Conjuve-DF são: comunicação; acompanhamento das eleições dos conselhos de juventude territoriais; articulação e acompanhamento institucional; e diálogo com as redes juvenis, planejamento e elaboração de políticas públicas e parcerias privadas.

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