Estacionado há 5 anos na média dos 50 mil, índice poderia chegar a 100 mil com o PT fora do Planalto.

Um dos possíveis gatilhos para o Ibovespa conseguir mudar de
patamar seria a alternância de governo na eleição presidencial de 2014. “Interferências
governamentais pegam boa parte do índice: Petrobras, Vale, elétricas… Então
mesmo com as empresas descontadas, acho que elas devem continuar caindo, porque
a falta de confiança está grande. Ninguém vai comprar só porque está
barato em um cenário como esses”, afirmou em entrevista ao InfoMoney. Segundo Kraiser, no preço de hoje da bolsa, está a reeleição
da Dilma, porém, se ela for reeleita, vai cair ainda mais. “Volta para
casa dos 40 mil pontos”, disse. “No entanto, com uma vitória do PSDB, do Aécio
Neves, o Ibovespa chega a 100 mil pontos. Faz cinco anos que a bolsa está em 50
mil pontos, então se tivermos uma mudança de cenário político, ela pode
subir muito. Eduardo Campos e Aécio Neves são os nomes que o mercado mais
compraria”, completou.
Petrobras seria a maior beneficiada
Talvez a empresa mais prejudicada pelo vício petista em
governabilidade, a Petrobras tem tudo para a ser a maior beneficiada caso algum
nome da oposição chegue à presidência em 2014. Kraiser segue com seu palpite: Para o especialista, a empresa que mais se beneficiaria
com uma vitória do PSDB é a Petrobras. “A maior alta vai ser da Petrobras. Ela
dobra de preço rapidamente. Uma vitória do Aécio leva a PETR4 a quase R$
40”, afirmou. Atualmente o papel tem oscilado entre R$ 18 e R$ 19. A
estatal se beneficiaria porque perde muito dinheiro com a política de Dilma de
usá-la para controlar a inflação, mantendo os preços dos combustíveis vendidos
pela Petrobras defasados em relação à cotação do petróleo no mercado
internacional. Mas todas as estatais podem se dar bem com a alternância de
comando:
De acordo com o gestor, as estatais, de modo geral,
irão subir muito com esse cenário. “A Eletrobras pode ser resgatada, com uma
privatização do que sobrou. Tudo que sofreu intervenções da Dilma terá a
confiança resgatada”, completou. Kraiser finaliza com algumas apostas acerca da política
monetária:
Ainda segundo ele, o que também sofre intervenções do
governo é a política monetária do Banco Central, o que deve melhorar com a
vitória da oposição. “O juros deve continuar subindo. O ciclo de aperto
ainda não se encerrou e vai para algo próximo de 10%. Talvez eles não
ultrapassem a barreira psicológica dos dois dígitos, é mais uma coisa na qual a
presidente interfere”, afirmou.
Fato é que o mercado sempre pede liberdade para respirar
aliviado, mas o governo está apontando para um norte bem diferente. Guido
Mantega, por exemplo, quer limitar até o tamanho do envelope que alguém
envia para uma promoção.
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