Especialistas apontam que o sistema político brasileiro, com fácil acesso ao fundo partidário, favorece a multiplicação de siglas. Desde o início da década de 1980, o país ganhou cerca de uma agremiação por ano, até as 32 atuais, número que pode crescer com a Rede

Para o cientista político e integrante do Observatório de Democracia Participatica Rudá Ricci, do ponto de vista teórico não há problemas na criação de vários partidos, desde que eles sejam a representação da vontade dos cidadãos. O problema, para ele, é prático. “Como existe uma relação promíscua entre Executivo e Legislativo, a política baseia-se unicamente na distribuição de cargos, não no debate programático e ideológico”, afirmou.
Com isso, partidos tradicionais, como o PT e o PMDB, que acumularam uma longa lista de filiados e elegem governadores, prefeitos, vereadores, têm que conviver com partidos nanicos, sem representatividade ou história nenhuma. Rudá lembra que, para alguém se aproximar do centro do poder, pode escolher filiar-se a um desses partidos grandes. “Mas eles já estão inchados e impedem que novas lideranças se destaquem. Então, a saída é criar o seu próprio partido para disputar espaço no jogo do poder”, completou o cientista político.

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