Vídeos de emissoras de tevê e fotos feitas pelo Estado mostram Oliveira
enfrentando policiais militares
Publicado na terça-feira, 27 de agosto de 2013
São Paulo, SP, 27 (AFI) - Leandro Silva de
Oliveira, um dos 12 corintianos presos na Bolívia acusados pela morte do jovem
Kevin Espada e soltos por falta de provas, participou da briga generalizada com
torcedores do Vasco domingo, no Estádio Mané Garrincha, em
Brasília.
Vídeos de emissoras de tevê e fotos feitas pelo Estado mostram Oliveira
enfrentando policiais militares, sendo atingido por spray de pimenta e, na
sequência, trocando socos e pontapés com vascaínos e policiais.
Conhecido como Soldado, Oliveira é sócio da Gaviões
da Fiel e graduado na alta cúpula da organizada. Na briga de domingo, ele é um
dos primeiros a, no intervalo da partida, correr em direção aos torcedores do
Vasco. Como o Mané Garrincha não conta com barreiras físicas para separar as
torcidas, não foi difícil se aproximar dos cariocas, que também estavam na
arquibancada superior.
Em um primeiro momento, Oliveira
chegou a ser contido por policiais e recuou. Mas com a chegada de mais
corintianos, voltou a atacar. Torcedores do Vasco partiram para o confronto e a
confusão aumentou. A polícia tentou conter os baderneiros com cassetetes e
spray de pimenta, mas não conseguiu. Oliveira esteve na linha de frente durante
o confronto, e em alguns momentos chegou a servir de escudo para alguns companheiros. A confusão só
terminou depois que os policiais conseguiram isolar os corintianos.
Soldado ficou cinco meses e meio preso em Oruro.
Ele foi detido no dia 20 de fevereiro, durante a partida entre Corinthians e
San Jose pela primeira rodada da Libertadores, quando Kevin foi atingido por um
sinalizador e morreu de traumatismo craniano causado pelo impacto do artefato.
Três dias depois da morte do boliviano, inquérito policial apontou que foi
encontrado com Oliveira um sinalizador, sem marca identificada. Por causa disso,
o Ministério Público da Bolívia chegou a indiciá-lo como responsável do disparo
do sinalizador.
Oliveira saiu da prisão no dia 2 de agosto junto
com outros quatro torcedores. Em julho, a Justiça boliviana havia liberado sete
corintianos, também por falta de provas. Ele não foi o único entre os 12 presos
em Oruro que esteve domingo no Mané Garrincha. Hugo Nonato, conhecido como São
Luiz, é tesoureiro da Pavilhão 9, e também assistiu ao jogo em Brasília. Não é
possível, no entanto, identificá-lo nas imagens da briga.
Após o jogo, quatro torcedores corintianos (cujos
nomes não foram divulgados) foram encaminhados ao 5º DP de Brasília e liberados
em seguida por falta de provas.
Agência Estado
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