Ministério Público está de olho no monopólio do transporte

Ministério Público está de olho no monopólio do transporte



Patrícia Fernandes
patricia.fernandes@jornaldebrasilia.com.br
Cercada de indícios de irregularidades, a licitação do transporte público do DF ignora até mesmo uma recomendação do Ministério Público do DF. Após uma série de reportagens  publicadas pelo Jornal de Brasília, que denunciou as supostas ilegalidades no processo, o  MPDFT recomendou que o GDF, por meio da Secretaria de Transportes, revogasse a decisão que habilitou a empresa Viação Piracicabana a participar do certame. Contudo, a recomendação não somente foi ignorada, como a empresa foi a ganhadora da licitação da bacia 1.


De acordo com a recomendação, o GDF tinha o prazo de sete dias para enviar relatório minucioso das providências tomadas, acompanhado das provas documentais - prazo que venceria amanhã. O descumprimento das exigências presentes na recomendação poderia ocasionar medidas judiciais que podem acarretar em responsabilidades no âmbito cível, criminal e administrativo. Contudo, o governo ainda não enviou   resposta alguma ao MP.

Com o resultado da licitação, grupos economicamente ligados, segundo a recomendação, foram os vencedores de dois lotes. Piracicabana, da bacia 1, e Pioneira, da bacia 2, são controladas pela família Constantino, como o JBr já mostrou, e o MP reiterou. Ou seja, o transporte público do DF continuará nas mãos dos mesmos empresários que controlam o sistema há anos.


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