Tucanos no alto do muro

A pouco mais de um ano do primeiro turno das eleições de 2014, o PSDB ainda não garante a nenhum de seus pré-candidatos a legenda para  disputa do Buriti. O partido tem como alternativas o deputado federal Izalci Lucas e a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, e poderá contar ainda com Luiz Carlos Pitiman, de saída do PMDB, como candidatáveis ao Buriti. 
Diante desse cenário, o coordenador Virgílio Neto, tesoureiro do tucanato local,  adverte: “Não há consenso para nenhum dos pré-candidatos ao governo do DF”. Diante disso, o nome poderá ser de fora do partido, caso seja formada uma coligação para retomar o Executivo local. 
Aposta no desgaste
Tanto Izalci quanto Pitiman se lançaram ao cargo e se apoiam no mau desempenho do governo Agnelo Queiroz. Pitiman, inclusive, garante que o senador Aécio Neves, presidente nacional da sigla e candidato natural ao Planalto, lhe prometeu  que o PSDB terá um nome na disputa.
A definição sobre o ingresso de Luiz Pitiman nas fileiras tucanas será tomada no início da semana, mas o coordenador do partido no DF garante que ele será apresentado na semana que vem: “O Pitiman já está acertado com o PSDB. Ele será oficializado na próxima quinta-feira em um evento com a presença do próprio Aécio, que apresentará outros nomes ainda”.
Não fechou
Pitiman rebate a declaração e conta que não está fechado com nenhum partido. Segundo ele, a decisão será tomada em reunião na noite de segunda feira com um grupo de 30 aliados, pré-candidatos a diversos cargos, que o acompanharão na opção partidária. “São pessoas que estão deixando legendas como o PDT, PSB e até o PT, mesmo com cargos. Por isso, quero conversar com eles e analisar o quadro politico de cada legenda”, explica Pitiman.
O deputado admite que suas conversas estão mais adiantadas com o PSDB, mas um assessor próximo ao PMDB afirma que antes de responder aos tucanos ele ainda conversará com o PSD na terça-feira. O único impedimento para eventual ingresso seria a posição de Gilberto Kassab, presidente da legenda, sobre aliança com Agnelo Queiroz.
Aécio terá palanque garantido
Enquanto o PSDB prioriza a criação de um palanque brasiliense para Aécio Neves (foto) e detentores de mandato lutam internamente para disputar o governo, não há filiações de destaque para vagas proporcionais. A direção local corre contra o tempo para preencher suas nominatas com nomes pouco conhecidos. “Estamos buscando pessoas com esse perfil indo ao encontro do que deseja a população”, diz o coordenador. Ao todo, Virgílio conta que são 96 os dispostos a disputa de cargos a deputado distrital e federal, para 2014.
Deputado quer reforçar a legenda
A chegada de Luiz Pitiman não incomoda Izalci Lucas, que garante: o novo companheiro fortalecerá a candidatura do partido, qualquer que seja. “Queremos colocar para a disputa nomes representativos. Com a vinda do Pitiman, na semana que vem, teremos mais um diferencial em 2014”, destaca Izalci, que não vê sua candidatura ao Buriti ameaçada com a chegada do ainda peemedebista. “Não me sinto ameaçado, ao contrário, acho que nos fortalece, pois temos total interesse que ele venha”, completa.
Sem garantias
Pitiman conta que sua possível chegada ao PSDB não representa garantias de que ele será o candidato. “O partido tem outros nomes de representatividade, como a Abadia. Sendo assim, quero construir uma candidatura alternativa ao modelo falido que está ai e que mais parece um câncer, com administrações lotadas de apadrinhados políticos e cidades abandonadas”, acusa.
A ex-governadora Maria de Lurdes Abadia não mostra  entusiasmo  por cargo majoritário. Dificilmente disputará o Buriti.
Virgílio Neto descarta a sugestão de prévia do ex-distrital Raimundo Ribeiro e garante que, para a escolha do candidato ao governo, a direção do PSDB escolherá a melhor opção.
Intenção é desempenho menos pífio
O coordenador do PSDB-DF Virgílo Neto ressalta que o partido se sairá melhor do que nas eleições de 2010, quando fez apenas um distrital — que, ainda por cima, foi para o PSD.
Ele espera que os tucanos elejam pelo menos dois deputados federais e outros quatro distritais.
Segundo Virgílio, o objetivo do partido é apoiar, caso não haja consenso  para a disputa do Buriti,  nome de outro partido, mas não abrirá mão de  vaga a um cargo majoritário, que pode ser até de vice-governador,
Para as eleições de 2014, Virgílio declara que é impossível os partidos de oposição não pararem para ouvir lideranças importantes, como os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, ambos sem partido, que poderão ser candidatos novamente ao Buriti.


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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