Houve aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês do
ano passado. Desonerações de tributos causaram redução na arrecadação.

“Esse crescimento está associado basicamente ao
aumento da lucratividade das empresas e mostra um cenário de recuperação da
economia”, diz Luiz Fernando Nunes, secretário-adjunto da Receita Federal.
A arrecadação poderia ter sido muito maior. Com as
desonerações de tributos na indústria e na folha salarial, o país já deixou de
receber R$ 51 bilhões em impostos neste ano. Analistas do mercado entendem que
essa renúncia fiscal para estimular a economia trouxe, até agora, mais custos
do que benefícios. “Esses níveis de desoneração tributária e renúncia
fiscal e de gasto crescendo muito acima da receita não poderão se repetir nos
próximos anos se nós quisermos acumular algum recurso pra aumentar a capacidade
de investimento e de crescimento do Brasil”, diz Felipe Salto, economista –
Tendências.
O economista Felipe Salto acredita que o aumento na
arrecadação não será suficiente para atingir a meta fiscal do ano que já caiu
de 3,1% para 2,3% do PIB. “Pelo menos num cenário normal, em que o governo não
descubra novas formas de produzir receitas ou de não contabilizar despesas, é
natural que esse primário não suba nem pra 2,3% nem pra 3,1%”.
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