Suzano Almeida
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Até a tarde de ontem o presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), ainda não tinha respostas sobre como a Mesa Diretora procederá em relação à renúncia de Benedito Domingos (PP) e a indicação de Cristiano Araújo (PTB) para sua terceira secretaria — manobra que pode retardar ou mesmo evitar a abertura de processo pedida contra três distritais acusados de improbidade administrativa.
De acordo com o parlamentar, ainda não houve tempo para que ele e a Procuradoria se reunissem, para analisar a questão.

Ainda sob análise
Wasny lembra que a Procuradoria ainda analisa os pedidos de arquivamento dos processos, feitos pelos deputados Rôney Nemer, Aylton Gomes (PR) e Benedito Domingos, que justificam em suas defesas que os casos já foram apreciados na Comissão de Ética em 2010 e acabaram, após serem sobestados, sendo arquivados na Casa.
“Acredito que os deputados, no caso Rôney Nemer, estão se baseando em defesas de outros parlamentares da Casa, que pediram que fosse aguardado o posicionamento da Justiça”, afirma Wasny. “Eles usam como exemplo o caso do senador Cristovam Buarque (PDT), que foi condenado em duas instâncias e acabou sendo absolvido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)”.
O presidente ressalta que a Justiça apura matérias de natureza criminal e que a Câmara Legislativa, baseada no que é expedido pelo Ministério Público, apura natureza administrativa.
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O atraso causado pela renúncia de Benedito Domingos à suplência da 3ª Secretaria e os pedidos de arquivamento estão preocupando o presidente Wasny de Roure, que quer preservar a imagem da Casa.
“Minha preocupação é que fica ruim para a imagem da Câmara Legislativa a matéria não ser apreciada em pleno curso. Eles têm todo o direito de se defender. Meu dever é ver o lado da instituição e não se terei ou não votos no ano que vem”, posiciona-se Wasny.
O presidente diz que está sendo difícil enfrentar seus pares: “Não é fácil ver um colega chorando, mas temos que olhar olho no olho”.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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