
Gravando em frente ao 2º Cartório de
Registro Civil do Distrito Federal, Sathler anuncia que está registrando
um compromisso público de doar 50% do seu salário de deputado, caso
seja eleito, “ao combate e também à recuperação de crianças vítimas do
estupro homossexual”.
“Eu me comprometo em criar o kit macho e também o kit fêmea, um nome
carinhoso para poder rivalizar com o kit gay que está sendo distribuído
nas escolas brasileiras, ensinando o homossexualismo ao seu filho a
partir dos 4 anos de idade, agora com a antecipação da idade escolar de
4, 5 anos de idade. Seu filho já vai ser educado [entendendo] que dois
homens ou duas mulheres não são família”, prossegue Sathler, que não se
acanha em comparar a homossexualidade a uma doença. “Prevenir o
homossexualismo é melhor do que remediar”, arremata o candidato tucano
em seu vídeo.
Em seu discurso, Santhler vai contra as instituições como ONU (Organização das Nações Unidas) e
OMS (Organização Mundial da Saúde), que condenam a definição da
homossexualidade como doença, inclusive rechaçando o termo
‘homossexualismo’.
Visto por quase 10 mil pessoas até a noite da
última quarta-feira(23), o vídeo recebeu críticas na própria página onde
está hospedado no Youtube. “Ninguém escolheria ser homo* em uma
sociedade tão escrota, com pessoas como você, Matheus Sathler, que
pregam ódio e intolerância, contra minorias e mulheres”, comentou um
internauta no site de vídeos.
Mas os homossexuais não são o único
alvo do candidato. Ele também ataca outros setores da população. Num
vídeo intitulado como “Feminismo: Advogado desmascara Dilma Rousseff”,
ele critica o discurso feito pela presidente no Dia Internacional da
Mulher, em 8 de março de 2014.
Quando tive acesso a esse discurso da Dilma Rousseff, eu
fiquei impressionado como ninguém se levantou para atacar esse discurso
patético, feminista, absurdo e ridículo, e eu me senti profundamente
motivado a rebater e a destruir esses argumentos. Eu quero começar com
vocês, primeiramente, contra essa palhaçada da Dilma Rousseff querer ser
chamada de presidenta. Na verdade é errado, na verdade ela não está
querendo ser chamada de presidenta, mas de presidanta, uma justaposição
de presidente com um animal irracional”, declarou o candidato no vídeo.
Na mesma gravação, ele diz ter orgulho de ser chamado de machista.
Em
seus perfis no Twitter e Facebook, o tucano aparece em fotos ao lado do
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), notório inimigo da comunidade
gay.
Por iG São Paulo I Redação